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domingo, 28 de novembro de 2010

OLAVO, GRANDE OLAVO


Em homenagem ao grande Bocage e ao grande Bilac:

Olavo, grande Olavo

Olavo, grande Olavo, semelhante
acho teu fado ao meu, quando versejo.
Igual causa nos fez, do lar no adejo,
achar a solidão, negro gigante.

Como tu, junto aos livros estafantes
de normas pra lembrar, no horror me vejo.
Como tu, a alegria em vão desejo,
os amigos lembrando, e a bela amante.

Ludíbrio, como tu, do curso errado,
Meu fim deve ser Letras, não Direito.
Sei que só terei paz tendo mudado.

Sigo o modelo teu, mas... imperfeito!...
Por que se imito os transes do teu fado,
não te imito na audácia do teu feito.


Filipe Cavalcante
08.11.2010

Soneto de Bocage